Neuropatia Diabética
By Louca Enfermeira - janeiro 02, 2014
O
sistema nervoso é responsável pelo controle de praticamente tudo o que fazemos.
Quando movimentamos os músculos, respiramos, pensamos ou digerimos a comida, os
nervos são utilizados como circuitos elétricos orgânicos. São eles que emitem e
recebem os sinais no cérebro, que comunicam às outras células as tarefas que
devem ser realizadas.
Com
a Neuropatia, os nervos podem ficar incapazes de emitir as mensagens, emití-las
na hora errada ou muito lentamente. Os sintomas irão depender e variar conforme
o tipo de complicação e quais os nervos afetados. De forma geral, podemos
classificar os sintomas em sensitivos, motores e autonômicos. Exemplos:
1.
Sensitivos: formigamento, dormência
ou queimação das pernas, pés e mãos. Dores locais e desequilíbrio;
2.
Motores: estado de fraqueza e atrofia
muscular;
3.
Autonômicos: ocorrência de pele seca,
traumatismo dos pêlos, pressão baixa, distúrbios digestivos, excesso de
transpiração e impotência.
Infelizmente, o diabetes é a
principal causa de Neuropatia. Sua incidência é alta e possui diferentes formas
clínicas, tais como:
·
Polineuropatia distal: uma das formas
mais comuns de Neuropatia, que acomete preferencialmente os nervos mais longos,
localizados nas pernas e nos pés, causando dores, formigamento ou queimação nas
pernas. Tende a ser pior à noite (período onde prestamos mais atenção aos
sintomas);
·
Neuropatia autonômica: causa
principalmente hipotensão postural, como a queda da pressão arterial ao
levantar-se (tonturas) e impotência sexual. Outros sintomas incluem sensação de
estômago repleto após as refeições, distúrbios de transpiração e outros mais
raros;
·
Neuropatia focal: esta é uma condição
rara decorrente de danos a um único nervo ou grupo de nervos. Desenvolve-se
quando o suprimento de sangue é interrompido devido ao entupimento do vaso que
supre aquele nervo. Ou pode ser conseqüência de uma compressão do nervo.
Não
é raro que as pessoas apresentem mais de um tipo de neuropatia. A presença
desta complicação está muito relacionada ao tempo de duração do diabetes e ao
grau de controle glicêmico. Por isso é bom lembrar, mais uma vez, a enorme
importância de manter um bom controle da glicemia.
No
caso das mononeuropatias podem ser empregadas medidas fisiátricas
(fisioterapia) para evitar a compressão dos nervos ou realizar uma
descompressão cirúrgica. O controle rigoroso da glicemia é essencial para
prevenir o aparecimento ou a piora da neuropatia diabética.
No
caso da polineuropatia distal nenhum medicamento, até o momento, é comprovadamente
eficaz para a cura, havendo, no entanto, medicações que podem aliviar os
sintomas (como a dor e o formigamento). Também é importante prevenir lesões nos
pés ou quedas.
Referência
Texto retirado da Sociedade
Brasileira de Diabetes.
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