Consiste na retirada do esôfago e linfonodos contíguos, na grande maioria das vezes por tumores localizados, através de remoção do órgão. Esta cirurgia envolve manipulação em 3 regiões do corpo: pescoço, tórax e abdome. A via de acesso ao esôfago pode ser feita através de videotoracoscopia e videolaparoscopia (cirurgia realizada através de pequenos orifícios com o auxílio de uma câmera de vídeo e instrumentos especiais) ou cirurgia aberta. Quando aberta, pode ser feita somente através do pescoço e abdome (chamada trans-hiatal) ou também abrindo o tórax. A escolha da via de acesso depende da localização do tumor, grau de comprometimento do esôfago e condições clínicas do paciente. Após a retirada do esôfago e linfonodos contíguos, o trânsito alimentar é reconstruído com o estômago (transforma-se o estômago num tubo através do uso de um grampeador, sendo o tubo de estômago então colocado no lugar do esôfago torácico e emendado no esôfago cervical) ou com um pedaço do intestino grosso. Sempre que possível, o estômago é preferido para a reconstrução. Após o procedimento, drenos são colocados no tórax e abdome e uma sonda para alimentação é instalada através do nariz ou do abdome, para dentro do intestino.
No período pós-operatório imediato o paciente deve ficar na unidade de terapia intensiva (UTI), indo para o quarto nas primeiras 24 horas. A alimentação pela sonda é iniciada no 2o dia após a cirurgia e por boca entre o 7o e 10o dia. Inicialmente o paciente começa ingerindo alimentos líquidos, progredindo para alimentos pastosos e sólidos. Antes do início da dieta é realizado um exame onde o paciente ingere um contraste para verificação de possíveis vazamentos. Os drenos de tórax são retirados quando o débito for menor que 200ml/24h. Os drenos são retirados no dia da alta, se amilase do líquido drenado for normal.
Referência
Brunner e Suddarth - Enfermagem Médico Cirúrgica.
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