Fasceíte ou fasciite é o termo utilizado para definir a inflamação de uma ou mais aponevrose. Aponevrose é uma membrana constituída por fibras conjuntivas densas que recobre um músculo (aponevrose de revestimento ou contenção), que serve de meio de inserção a um músculo largo (aponevrose de inserção) ou que forma urna separação entre certos planos musculares (fáscias).
A fasceíte necrosante é o tipo mais preocupante do grupo. E uma infecção bacteriana do tecido celular subcutâneo, que tem início na área mais profunda de uma fáscia superficial, mas que rapidamente estende-se à área profunda, atingindo a epiderme e músculo. As manifestações incluem febre alta, prostração e dor local intensa. No início, os sinais inflamatórios podem ser sutis, mas com a evolução da doença, surge uma coloração vermelho-arroxeada na área, pela trombose venosa e subsequente necrose tecidular. Outros sinais e sintomas sugestivos incluem o edema progressivo a ultrapassar a zona inflamatória e a presença de flictenas de líquido seroso, hemorrágico e por vezes purulento, entre outros. Depois de 1-2 dias, a coloração da pele muda progressivamente de vermelho-vivo para arroxeado e negro, característico da gangrena.
Na fase inicial da doença, o sintoma-chave é mesmo: a dor intensa, desproporcionada face aos achados locais. Os sinais e sintomas de toxicidade sistêmica incluem a febre alta, taquicardia e taquipneia, podendo surgir na sequência a hipotensão, a oligúria e outros sinais sugestivos de sepsis grave.
O micro-organismo mais frequentemente envolvido é o Streptococcus pyogenes. A morbilidade e mortalidade são elevadas, exigindo-se início rápido de te rapêutica médica (antibioterapia, sendo de eleição a penicilina e a clindamicina.
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