A dor na região do tórax deve ser observada com atenção, buscando detectar se a origem localiza-se no coração — dor de origem cardíaca (miocardio, pericárdio, aorta) ou em outras estruturas — dor extracardíaca como pleura, esôfago, estômago, parede torácica e até mesmo a psicogênica.
A ‘angina pectoris” (dor no peito), própria da isquemia miocárdica, apresenta características peculiares: geralmente é retroesternal e precordial, irradiando-se para região maxilar, cervical, braço esquerdo e ombros; constritiva (em aperto), com duração inferior a ¡0 minutos, de intensidade variada, presente após esforço físico ou emocional, aliviada pelo repouso ou vaso dilatador coronariano. Pode ser estável, quando se relaciona com os esforços, e instável, que surge independentemente de esforço. Na angina instável, a dor pode durar menos e no infarto agudo, mais de 20 minutos.
Já a dor pericárdica é originada por inflamação no pericárdio (pericardite), localiza-se no rebordo esternal esquerdo, irradiando-se para região dorsal e pode ser do tipo constritiva, peso ou queimação. sendo contínua e agravando-se com a respiração ou movimentação; é aliviada com a inclinação do tórax.
A dor presente no aneurisma dissecante da aorta é retroesternal, de grande intensidade, súbita, sem relação com repouso ou decúbito.
Fonte: exame físico no adulto, martinari 2013.
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