Avaliação da Dor

By Louca Enfermeira - janeiro 15, 2014

A avaliação  é  fundamental  para  o  controle  da  dor.  A dor é de caráter pessoal e subjetivo da experiência de dor dando relevância ao auto relato, ao afirmar que dor é aquilo que a pessoa que a experiência diz que é, existindo sempre que ela diz que existe. É considerada como o 5.º sinal vital, a dor passou a ter expressão formal e regular nos padrões de documentação de cuidados.
Assim, recomenda-se ao enfermeiro:
1.  Reconhecer que a pessoa é o melhor avaliador da sua própria dor;
2.  Acreditar sempre na pessoa que sente dor;
3. Privilegiar o auto relato como fonte de informação da presença de dor na pessoa com capacidades de comunicação e com funções cognitivas mantidas;
4. Avaliar a dor de forma regular e sistemática, desde o primeiro contato, pelo menos uma vez por dia e / ou de acordo com protocolos instituídos;
5. Colher dados sobre a história de dor considerando os seguintes parâmetros (Anexo I - Clique Aqui):
a)  Exame físico;
b) Descrição  das  características  da  dor:  Localização  /  Qualidade  /
Intensidade / Duração / Frequência
c)  Formas de comunicar a dor / expressões de dor;
d)  Factores de alívio e de agravamento;
e)  Estratégias de coping;
f)  Implicações da dor nas atividades de vida;
g)  Conhecimento / entendimento acerca da doença;
h)  Impacto emocional, sócio-económico e espiritual da dor;
i)  Sintomas associados;
j) Descrição do uso e efeito das medidas farmacológicas e não farmacológicas.
6. Escolher os instrumentos de avaliação de dor atendendo a: tipo de dor; idade; situação clínica; propriedades psicométricas; critérios de interpretação; escala de quantificação comparável; facilidade de aplicação; experiência de utilização em outros locais;
7. Avaliar a intensidade da dor privilegiando instrumentos de auto-avaliação,
considerando a ordem de prioridade :
• Escala Visual Analógica (EVA);
• Escala Numérica (EN);
• Escala de Faces (EF);
• Escala Qualitativa (EQ).
8. Assegurar a compreensão das escalas de auto-relato pela pessoa / cuidador principal / família, após ensino;
9. Avaliar a dor nas crianças pré-verbais e nas pessoas com incapacidade de  ]comunicação verbal e / ou com alterações cognitivas, com base em indicadores  fisiológicos  e  comportamentais,  utilizando  escalas  de  hetero-avaliação;
10. Manter a mesma escala de intensidade em todas as avaliações, na mesma pessoa, exceto se a situação clínica justificar a sua mudança;
11. Ensinar a pessoa / cuidador principal / família sobre a utilização de instrumentos de avaliação da dor e sua documentação;
12. Garantir a comunicação dos resultados da avaliação da dor aos membros da  equipa  multidisciplinar,  mesmo  que  se  verifique  transferência  para outras áreas de intervenção.




Referência:
Ordem dos Enfermeiros.

  • Share:

You Might Also Like

0 comentários