O cliente deve permanecer na posição sentada, se possível; palpar o tórax anterior e posterior e identificar áreas hipersensíveis
(dor), lesões evidentes, tônus muscular, massas, edema, frêmito palpável ou retração que podem indicar infecção da pleura e do o subjacente (tuberculose). Avaliar a expansibilidade torácica, colocando as mãos espalmadas sobre os ápices, regiões infraclaviculares e bases pulmonares A expansibilidade refere-se ao aumento do diâmetro lateral
Avaliar a distensibilidade torácica, colocando uma das mãos espalmadas na face anterior e posterior do tórax. A distensibilidade refere-se ao aumento do diâmetro anteroposterior.
Observar a amplitude e simetria das mãos, durante a inspiração e expiração, em todas as regiões; qualquer assimetria durante a inspiração pode ser indicativa de um processo patológico na região.
Em condições normais, a expansibilidade torácica é igual e simétrica, podendo ter maior ou menor amplitude, dependendo da elasticidade torácica e da eficiência da massa muscular respiratória.
A expansão torácica varia com o sexo; é mais nítida nas bases do tórax no homem, e nos ápices, nas mulheres.
Face anterior
- Região infraclavicular e mamária: com as mãos espalmadas ligeiramente oblíquas de modo que a ponta do dedo médio atinja as clavículas e as pontas dos polegares se unam na linha médioesternal. Ao examinar a mulher, afastar as mamas com delicadeza, conforme necessário.
Face posterior
- Ápices: o examinador coloca-se atrás do paciente, que permanece sentado, cobrindo com a palma das mãos ambas as regiões claviculares; as pontas dos polegares ficam unidas na altura da apófise espinhosa da sétima vértebra cervical.
- Região média: colocar as mãos espalmadas verticalmente sobre ambas as regiões interescapulovertebrais, aproximando-se as pontas dos polegares à linha vertebral.
- Bases: tocar as regiões posteriores e laterais do tórax com ambas as mãos, de tal forma que os polegares se aproximem da linha vertebral, ao nível da décima costela. Para melhor avaliar a expansibilidade da região, é indicado formar urna prega com a pele do paciente deslizando os polegares do examinador para dentro. Ao solicitar que o paciente inspires observar se há afastamento dos hemitórax e se a prega se desfaz.
Achados anormais: assimetria ou retardo unilateral dos movimentos respiratórios corno na atelectasia, derrame pleural, pneumonia lobar, dor pleural obstrução brônquica unilateral; assimetria bilateral da parte superior do tórax, presente em processos abdominais que impedem a boa excursão diafragmática e enfisema pulmonar. O frêmito tátil é urna vibração palpável transmitida da caixa torácica para a árvore broncopulrn0n Quando o paciente fala, também é pesquisado. Costuma ser diminuído ou ausente sobre o precórdio.
O frêmito toracovocal corresponde às vibrações das cordas e é transmitido pelo tórax. Utilizar a parte Óssea da palma das mãos e dos dedos ou a superfície ulnar da mão para detectá-lo. O paciente deve repetir, em voz alta, as palavras “trinta e três” ou “um-um-um”. O frêmito deve ser percebido por todo o tórax, de cima para baixo e nas laterais.
Achados anormais: diminuídos ou ausentes quando a voz é suave ou a transmissão das vibrações da laringe para a superfície do tórax encontra-se impedida por: obstrução brônquica, Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), derrame pleural, espessamento pleural, pneumotórax, tumores, parede torácica espessa.
Fonte:
Exame Físico no Adulto, Martinari, 2013.
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