Cancer de Esôfago

By Louca Enfermeira - janeiro 15, 2014

O câncer de esôfago é uma neoplasia com uma incidência crescente, com taxas de mortalidade próximas às taxas de incidência. Sua etiologia está associada ao tipo histológico da doença, sendo o carcinoma de células escamosaso mais comum e fortemente relacionado ao tabagismo e etilismo, e o adenocarcinoma associado ao esôfago de Barrett. Além desses fatores, o risco de desenvolver este tumor está aumentado em pessoas que ingerem alimentos e bebidas quentes (mate) e que possuem nutrição deficiente (hipovitaminose A, C e E); há também uma predisposição genética que ainda é pouco definida.
Manifestações clínicas comuns durante a evolução dessa doença incluem: disfagia, odinofagia, desconforto retroesternal, hiporexia, náusea, vômitos, emagrecimento.Tais queixas merecem uma valiação criteriosa, pois, quando essas se manifestam, a doença já se encontra, na maioria das vezes, em um estágio avançado, não sendo possível uma abordagem curativa destes pacientes.
Acomete mais homens do que mulheres, surge com maior freqüência depois dos 50 anos de idade (maior incidência aos 65) e parece estar associado a níveis sócio-econômicos mais baixos. Na América do Norte e na Europa Ocidental, a doença é muito mais comum em negros do que em brancos. Uma característica interessante é a sua rara ocorrência antes dos 30 anos.
Os cânceres de esôfago podem ser classificados, segundo a histologia, em carcinoma epidermóide (ou escamoso) e adenocarcinoma. O primeiro é derivado do epitélio estratificado não-queratinizado, característico da mucosa normal do esôfago. Trata-se do tipo histológico mais comum e  ocorre mais freqüentemente em homens a partir dos 50 anos. Esse tumor acomete principalmente os terços médio e inferior (mais de 80% dos casos) do esôfago. Existe uma íntima correlação entre alcoolismo e tabagismo nos pacientes portadores dessa neoplasia.
O adenocarcinoma surge na parte distal do esôfago, na presença de refluxo gástrico crônico e metaplasia gástrica do epitélio (esôfago de Barret). Existe uma forte relação entre sua incidência e indivíduos obesos (IMC >30 Kg/m2 ). O adenocarcinoma desenvolve-se no interior do epitélio colunar displásico principalmente na junção esôfago-gástrica/cárdia.
O carcinoma epidermoide do esôfago tem muita similaridade com os outros tipos de câncer da variedade escamosa que ocorre na pele, colo uterino e acredita-se que o desenvolvimento ocorre pela progressão da displasia, definida pela presença de células neoplásicas no epitélio . A displasia pode ser classificada como leve, moderada ou severa, dependendo do grau do envolvimento do epitélio escamoso nativo, ou mais recentemente como de baixo grau ou alto grau. O carcinoma esofágico tem início insidioso e produz disfagia e obstrução progressiva e tardia. Os pacientes se ajustam, em nível subconsciente, à sua maior dificuldade de deglutição alterando progressivamente sua dieta de alimentos sólidos para líquidos.
O Tabagismo e álcool tem sido identificados como fatores de risco no aparecimento do câncer de esôfago e atuam de forma sinérgica, especialmente no tipo epidermoide onde aumenta 5-10 x quando comparado aos não fumantes . O mesmo não é verdade para o tipo histológico adenocarcinoma. É provável que os fatores carcinogênicos do tabaco influenciem estágios diferentes da transformação maligna em relação ao tumor epidermoide e o adenocarcinoma.
O diagnóstico é feito através da a esofagoscopia  com biópsia, de estudos citológicos (das células) e de métodos com colorações especiais.
Os exames complementares utilizados para o diagnóstico do  carcinoma esofágico incluem a  radiografia com duplo contraste, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética.
A maioria dos pacientes com carcinoma de esôfago já chega ao cirurgião apresentando invasão tumoral local
Detectando-se o carcinoma precocemente, o tratamento cirúrgico consiste em ressecção do tumor, dos linfonodos regionais e na reconstrução do trânsito esofagogástrico.
  Atualmente, os protocolos de tratamento englobam a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia.

Plano de Alta para um Paciente com CA de Esôfago

Conversar com o paciente e familiares sobre suas dúvidas a cerca da recuperação.
Estimular o autocuidado.
Explicar ao paciente quanto ao aumento gradual da atividade física assim que houver liberação do médico, e que evite a realização de esforços (levantar peso)  durante a recuperação.
Orientar a correta utilização dos medicamentos    prescritos (doses, horários, período de tratamento, efeitos colaterais)
Orientar o paciente sobre a importância da visita periódica ao médico
Orientar o paciente a procura de um nutrologo/nutricionista para recomendar uma alimentação adequada durante recuperação.
Orientar quanto a adesão de uma dieta rica em ferro, vitamina C, vitaminas do complexo B para facilitar o processo de cicatrização, além da redução de ingesta de lipídios saturados e colesterol na dieta para a manutenção de sua saúde de uma maneira geral.
Orientar quanto a observação dos sinais de perigo para a infecção, e a procura imediata do serviço médico se ocorrer.
Orientar quanto a realização dos exames de controle
Orientar quanto a retirada de pontos.
Orientar sobre a importância da ingesta hídrica.

Vídeo Ilustratívo do Ca de Esôfago Disponível:
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Referência
Neris, Nathalia Batista Silva; Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/199871104/Estudo-de-Caso


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