Para Smeltzer et al. (2012,
p 1021), uma variedade de sondas são utilizadas para a descompressão, aspiração
e lavagem. Um sonda orogástrica é uma sonda de grosso calibre inserido através
da boca, que apresenta uma saída ampla para a remoção do conteúdo gástrico, que
é utilizada principalmente no serviço de emergência ou em unidades de terapia
intensiva. A sonda nasogástrica (NG), como a de Sengstaken - Blakemore é usada
para tratar o sangramento de varizes esofágicas. Outras sondas são utilizados
para administrar a alimentação e medicamentos. As sondas são feitas de vários
materiais, incluindo borracha, poliuretano e de silicone. Elas variam em
comprimento, tamanho, propósito e colocação no TGI. Qualquer solução
administrada através de uma sonda é derramada através de uma seringa ou
administrada por um mecanismo de gotejamento por gravidade ou de regulação por
uma bomba elétrica. A remoção de gases ou de líquidos por aspiração (sucção) é
realizada com uma seringa ou de sucção mecânica. Na gastrostomia o tubo é
passado para o interior do jejuno ou do intestino delgado através de um orifício
da parede abdominal criado cirurgicamente, e, na jejunostomia o tubo é passado
para o interior do jejuno ou do intestino delgado através de um orifício da
parede abdominal (criado cirurgicamente).
SONDA DE LEVINE
A sonda de Levine é uma
sonda de luz única, com orifícios perto da ponta e é feito de plástico ou de
borracha. Tem comprimento de 107 a 127 cm. Pode ser conectada a uma bolsa de
drenagem ou a um equipamento de aspiração intermitente para drenar as secreções
estomacais. Este tubo está ligado a partir de sucção intermitente (30 a 40 mm
Hg) para evitar a erosão ou rasgamento do revestimento do estômago, o que pode
resultar de aderência constante de lúmen do tubo para a mucosa do estômago. O
calibre desse tubo é baseado em seu perímetro em milímetros e denominado de
escala francesa (Fr), por ser o sistema métrico original da França. Dessa
forma, o tubo 16Fr, por exemplo, significa que tem um perímetro externo de 16
mm. Seus comprimentos são ao redor de 125cm e seus calibres são muito variáveis.
A colocação da sonda deve ser checada
depois de inserida, aspirando o conteúdo gástrico, checando se o ph do material
retirado. Segundo DREYER et al. (2003), As sondas de Levine são rígidas,
desconfortáveis, podem provocar irritação e inflamação da mucosa da nasofaringe
e esôfago, além de lesões nasais.
SONDA DE RESERVATÓRIO GÁSTRICO (SALEM)
É um tubo radiopaca
(facilmente visto no raio -x), de plástico transparente, de duplo lúmen que é
introduzida no estômago, da mesma forma como o tubo de Levin. O lúmen interno,
menor (conhecida como a porta de azul – “pig tail”) ventila a sonda de
drenagem-aspiração mais calibrosa para a atmosfera por meio de uma abertura na
extremidade distal da sonda. Assim, a sonda flutua livremente e não adere à
fragil mucosa gástrica e nem causa lesões à mesma, mantendo uma baixa (25 mmHg)
força contínua de sucção na abertura de drenagem. O lúmen de sucção é irrigada
como prescrito para manter a permeabilidade.
O lúmen do azul de
ventilação deve ser mantida acima da cintura do paciente para impedir o refluxo
do conteúdo gástrico através do mesmo, caso contrário, age como um sifão. Uma
válvula antirrefluxo unidirecional situada no lumem de ventilação (rabo de
porco azul) pode prevenir o refluxo do conteúdo gástrico para fora do lúmen de
ventilação. A válvula é removida para a irrigação do lúmen de sucção. Para
restabelecer um tampão de ar entre o conteúdo gástrico e da válvula, 20 ml de
ar é injetado através do orifício azul e a válvula é reinserido. O escape de ar
nunca deve ser pinçado, conectado na aspiração ou usado para irrigação.
A saída maior desta sonda de
122 cm funciona como condutor principal de aspiração. A sonda possui aberturas
laterais e na extremidade; marcas em 45, 65 e 75 cm e uma linha radiopaca para
ventilação do posicionamento.
SONDA DE MOSS
Esta sonda
possui uma extremidade radiopaca e três lumens. A sonda de Moss é uma sonda de
descompressão gástrica de 90 cm de comprimento, três luzes e somente um balão
que serve para fixar a sonda ao estômago quando inflado. A primeira,
posicionada e inflada na zona cardíaca, funciona como uma saída inflável do
tipo balão. A terceira luz é uma via para alimentação duodenal. Este tubo é
usado para aspirar o conteúdo gástrico após a cirurgia (é colocado durante a
operação), para facilitar a alimentação pelo duodeno no prazo de 24 horas após
uma operação.
SONDA KUSSMAUL
É um tubo
apropriado para lavagem e aspiração gástrica. Ele é constituído por um funil
que se continua como tubo interno recoberto por um outro tubo que as dimensões:
170 cm de comprimento e 10 a 11 mm de diâmetro.
Referências
1. POHL,
Frederico Filgueiras; PETROIANU, Andy. Tubos, Sondas e Drenos. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 547 p.
2. SCHULL,
Patrícia Dwyer. Enfermagem Básica: Teoria e Prática. 2. ed.
São Paulo: Rideel, 2003. 501 p.
3. BETANCOURT,
Lissette; BRANCO, Javier; BRAVO, Dariela. Sondas. Santa Ana de
Coro: -, 2008. 35 slides, color.
4. WILKINS, Lippincott Williams &. Illustrated
Manual of Nursing Practice. Houston: Springhouse, 2002.
5. Sonda
Nasogástrica/Nasoentérica: Cuidados Na Instalação, Na Administração Da Dieta E
Prevenção De Complicações. Revista da Faculdade de Medicina
de Ribeirão Preto e do Hospital das Clínicas da Fmrp: Usp, 2002.
6. NETTINA,
Sandra M. Brunner: Prática de Enfermagem. 4. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 1859 p.
7. BRUNNER
& SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Rio de Janeiro.
Guanabara Koogan, 2011.
1 comentários
TEXTO BEM EXPLICATIVO!AMEI.
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