Tipos de Sondas Gastrointestinais (Parte 1)

By Louca Enfermeira - dezembro 06, 2013

Para Smeltzer et al. (2012, p 1021), uma variedade de sondas são utilizadas para a descompressão, aspiração e lavagem. Um sonda orogástrica é uma sonda de grosso calibre inserido através da boca, que apresenta uma saída ampla para a remoção do conteúdo gástrico, que é utilizada principalmente no serviço de emergência ou em unidades de terapia intensiva. A sonda nasogástrica (NG), como a de Sengstaken - Blakemore é usada para tratar o sangramento de varizes esofágicas. Outras sondas são utilizados para administrar a alimentação e medicamentos. As sondas são feitas de vários materiais, incluindo borracha, poliuretano e de silicone. Elas variam em comprimento, tamanho, propósito e colocação no TGI. Qualquer solução administrada através de uma sonda é derramada através de uma seringa ou administrada por um mecanismo de gotejamento por gravidade ou de regulação por uma bomba elétrica. A remoção de gases ou de líquidos por aspiração (sucção) é realizada com uma seringa ou de sucção mecânica. Na gastrostomia o tubo é passado para o interior do jejuno ou do intestino delgado através de um orifício da parede abdominal criado cirurgicamente, e, na jejunostomia o tubo é passado para o interior do jejuno ou do intestino delgado através de um orifício da parede abdominal (criado cirurgicamente).

SONDA DE LEVINE

A sonda de Levine é uma sonda de luz única, com orifícios perto da ponta e é feito de plástico ou de borracha. Tem comprimento de 107 a 127 cm. Pode ser conectada a uma bolsa de drenagem ou a um equipamento de aspiração intermitente para drenar as secreções estomacais. Este tubo está ligado a partir de sucção intermitente (30 a 40 mm Hg) para evitar a erosão ou rasgamento do revestimento do estômago, o que pode resultar de aderência constante de lúmen do tubo para a mucosa do estômago. O calibre desse tubo é baseado em seu perímetro em milímetros e denominado de escala francesa (Fr), por ser o sistema métrico original da França. Dessa forma, o tubo 16Fr, por exemplo, significa que tem um perímetro externo de 16 mm. Seus comprimentos são ao redor de 125cm e seus calibres são muito variáveis.  A colocação da sonda deve ser checada depois de inserida, aspirando o conteúdo gástrico, checando se o ph do material retirado. Segundo DREYER et al. (2003), As sondas de Levine são rígidas, desconfortáveis, podem provocar irritação e inflamação da mucosa da nasofaringe e esôfago, além de lesões nasais.

 SONDA DE RESERVATÓRIO GÁSTRICO (SALEM)

É um tubo radiopaca (facilmente visto no raio -x), de plástico transparente, de duplo lúmen que é introduzida no estômago, da mesma forma como o tubo de Levin. O lúmen interno, menor (conhecida como a porta de azul – “pig tail”) ventila a sonda de drenagem-aspiração mais calibrosa para a atmosfera por meio de uma abertura na extremidade distal da sonda. Assim, a sonda flutua livremente e não adere à fragil mucosa gástrica e nem causa lesões à mesma, mantendo uma baixa (25 mmHg) força contínua de sucção na abertura de drenagem. O lúmen de sucção é irrigada como prescrito para manter a permeabilidade.
O lúmen do azul de ventilação deve ser mantida acima da cintura do paciente para impedir o refluxo do conteúdo gástrico através do mesmo, caso contrário, age como um sifão. Uma válvula antirrefluxo unidirecional situada no lumem de ventilação (rabo de porco azul) pode prevenir o refluxo do conteúdo gástrico para fora do lúmen de ventilação. A válvula é removida para a irrigação do lúmen de sucção. Para restabelecer um tampão de ar entre o conteúdo gástrico e da válvula, 20 ml de ar é injetado através do orifício azul e a válvula é reinserido. O escape de ar nunca deve ser pinçado, conectado na aspiração ou usado para irrigação.
A saída maior desta sonda de 122 cm funciona como condutor principal de aspiração. A sonda possui aberturas laterais e na extremidade; marcas em 45, 65 e 75 cm e uma linha radiopaca para ventilação do posicionamento.

SONDA DE MOSS

Esta sonda possui uma extremidade radiopaca e três lumens. A sonda de Moss é uma sonda de descompressão gástrica de 90 cm de comprimento, três luzes e somente um balão que serve para fixar a sonda ao estômago quando inflado. A primeira, posicionada e inflada na zona cardíaca, funciona como uma saída inflável do tipo balão. A terceira luz é uma via para alimentação duodenal. Este tubo é usado para aspirar o conteúdo gástrico após a cirurgia (é colocado durante a operação), para facilitar a alimentação pelo duodeno no prazo de 24 horas após uma operação.

SONDA KUSSMAUL


É um tubo apropriado para lavagem e aspiração gástrica. Ele é constituído por um funil que se continua como tubo interno recoberto por um outro tubo que as dimensões: 170 cm de comprimento e 10 a 11 mm de diâmetro.

Referências

1.    POHL, Frederico Filgueiras; PETROIANU, Andy. Tubos, Sondas e Drenos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 547 p.
2.    SCHULL, Patrícia Dwyer. Enfermagem Básica: Teoria e Prática. 2. ed. São Paulo: Rideel, 2003. 501 p.
3.    BETANCOURT, Lissette; BRANCO, Javier; BRAVO, Dariela. Sondas. Santa Ana de Coro: -, 2008. 35 slides, color.
4.    WILKINS, Lippincott Williams &. Illustrated Manual of Nursing Practice. Houston: Springhouse, 2002.
5.    Sonda Nasogástrica/Nasoentérica: Cuidados Na Instalação, Na Administração Da Dieta E Prevenção De Complicações. Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e do Hospital das Clínicas da Fmrp: Usp, 2002.
6.    NETTINA, Sandra M. Brunner: Prática de Enfermagem. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 1859 p.
7.    BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2011.


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