Diferenças Entre Insulina Humana NPH e Insulina Regular

By Louca Enfermeira - dezembro 12, 2013

A insulina humana é um hormônio sintetizado pelo pâncreas endócrino que é constituído por cerca de 1 milhão de ilhotas de Langherans, distribuídas por todo órgão. Essas ilhotas possuem quatro tipos de células, sendo cada uma responsável pela secreção dos hormônios mencionados. A insulina é secretada pelas células β, o glucagon nas células  α, a somatostatina nas células D e o peptídeo pancreático nas células F. As células β representam 60–80% da ilhota e formam um núcleo central. (OLIVEIRA, 2010). É responsável pela quebra da glicose, promovendo a sua absorção pelas células, proporcionando a redução da glicemia – taxa de glicose no sangue. Quando há uma deficiência na produção de insulina, a glicose começa a se acumular no sangue, estabelecendo um quadro de hiperglicemia crônico, caracterizado como Diabetes Mellitus.
A Diabetes Mellitus é forma mais comum de diabetes. É uma patologia causada pela perda parcial ou completa das respostas biológicas mediadas pela insulina. Existem: a Insulinodependente, ou tipo I, e a não Insulinodependente, tipo II. A Diabetes Mellitus tipo I –normalmente ocorre durante a infância ou adolescência, é causada por uma destruição auto–imune das células  β das ilhotas de Langherans; caracteriza–se pela ausência ou níveis baixos de insulina no sangue, além de altos níveis de glicose sanguínea . (OLIVEIRA, 2010). A DM tipo II os pacientes podem eventualmente precisar de doses complementares de insulina, para auxiliar na manutenção dos níveis normais de insulina, mas eles não são totalmente dependentes como os pacientes portadores de DM tipo I.
Os parâmetros utilizados para a classificação dos  distúrbios metabólicos são determinados pela OMS – Organização Mundial da Saúde – e pela ADA –  American Diabetes Association –. O diagnóstico de Diabetes Mellitus é definido quando existe duas mensurações de glicemia de jejum (pelo menos oito horas após a última refeição) maiores que 126 mg/dl ou quando os valores da glicemia duas horas após sobrecarga com 75 g de glicose são maiores que 200 mg/dl (OLIVEIRA, 2010).
 O teste de sobrecarga de glicose, ou teste de tolerância a glicose, é realizado quando parâmetros anteriores não permitiram chegar ao diagnóstico de DM, mas existem os sinais e sintomas clínicos. O modelo delineado pela ADA e OMS é aquele onde se faz a dosagem da glicose em dois momentos: o primeiro, com o paciente em jejum de 8 a 14 horas; e o segundo, 120 minutos após a ingestão de glicose anidra.
 A presença de sintomas típicos (poliúria, polidipsia e perda de peso) associados a níveis de glicemia > 200 mg/dl em medidas aleatórias, ou seja, independentemente do tempo em que a última refeição foi realizada, também caracterizam o diagnóstico.  Os objetivos do tratamento são promover o controle metabólico (principalmente, dos níveis glicêmicos), permitir o crescimento e desenvolvimento adequado, promover o bem estar físico e psíquico e evitar a manifestação das complicações crônicas da patologia (RANG, 2003). A insulina pode ser administrada por  via intra–venosa, intra–muscular; mas o tratamento crônico utiliza como via de administração, predominante, a injeção subcutânea do hormônio. O objetivo da insulinoterapia por via subcutânea consiste em repor a insulina basal normal (normal, jejum, e entre as refeições) e a prandial – durante as refeições (OLIVEIRA, 2010).
Existem dois tipos básicos de insulina: a regular, de ação rápida, e que leva cerca de 30 minutos para iniciar sua ação, alcançando seu pico máximo depois de 2 a 3 horas, e a NPH, insulina de ação intermediária, cuja ação se inicia em cerca de 1 hora e meia e atinge o pico máximo após 7 horas.
As insulinas de ação rápida e de ação curta são apresentadas na forma de soluções transparente em pH neutro e contem pequenas quantidades de zinco para melhorar a sua estabilidade e o prazo de validade. Todas as outras formas, que sofreram alterações com um intuito de se atingir um efeito prolongado, são  apresentadas na forma de suspensões turvas em pH neutro, com protamina em tampão de fosfato (insulina com protamina neutra Hagedorn – NPH–) ou com concentrações variáveis de  zinco em tampão de acetato (insulinas ultralentas e lentas).

Insulina Regular: é uma insulina zinco cristalina solúvel, de ação curta, seu efeito aparece dentro de 30 minutos, tende a forma dímeros que se associam em torno dos íons de zinco, formando hexâmeros de insulina; essa conformação leva a um início tardio de ação e aumenta o tempo necessário para atingir a ação máxima. É útil nos casos onde a necessidade de insulina muda rapidamente, como por exemplo, infecções agudas ou após cirurgias; como também, na cetoacidose diabética.

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