Anemia
By Louca Enfermeira - dezembro 21, 2013
Anemia significa redução do número de hemácias ou
de hemoglobinas circulantes. Como são elas as responsáveis pelo transporte de
oxigênio até os tecidos, sua diminuição pode significar importante sofrimento.
Os valores normais de hematócrito durante a infância devem oscilar entre 35% e
50% e a hemoglobina entre 13g/dl e 16g/dl.
Na infância o volume de sangue está em franco
processo de expansão em função do crescimento corporal, o que aumenta muito a
necessidade de ferro, como elemento fundamental na formação das hemácias.
Existem vários tipos de anemias, mas aqui
abordaremos somente as mais freqüentes; são elas:
- · Anemia por deficiência de ferro - cujas causas mais comuns são prematuridade, má absorção de nutrientes, sangramento crônico, infecções, ingestão insuficiente de ferro. No caso das anemias por deficiência de ferro é preciso orientar a família quanto à utilização do suprimento medicamentoso de ferro, assim como informá-la sobre as principais fontes alimentares. Deve-se enfatizar que o ferro deve ser administrado longe das principais refeições, que o leite e seus derivados prejudicam sua absorção e que a ingestão de vitamina C deve ser estimulada para uma assimilação satisfatória do ferro.
- · Anemia falciforme - doença hereditária que atinge a hemoglobina. Acomete indivíduos da raça negra (não necessariamente de pele negra). A doença apresenta períodos de crise — a chamada crise falcêmica— e possui tal denominação devido à forma de foice das hemácias. Com esta forma as hemácias formam trombos que obstruem a passagem do sangue. Essas hemácias anormais são maciçamente destruídas pelo organismo, levando à anemia. Durante as crises, a criança refere dor intensa localizada preferencialmente no abdômen e nas articulações, que ficam edemaciadas, dolorosas e algumas vezes avermelhadas.
Os indivíduos acometidos desse tipo de anemia são
também muito susceptíveis a infecções, principalmente pneumonias e osteomielite
(infecção do tecido ósseo) e, em geral, as infecções são a principal causa de
morte nas crianças com anemia falciforme.
A família de uma criança portadora dessa
enfermidade deve estar bem informada quanto à necessidade de mantê-la
hidratada, o que torna o sangue mais diluído, diminuindo os episódios de crise;
de realizar precocemente o diagnóstico de infecção, intervindo adequadamente
com a antibioticoterapia; de mantê-la em repouso quando das crises, uma vez que
sente muitas dores nesses momentos e, como o aporte de oxigênio está
prejudicado pela ausência de hemácias saudáveis na circulação sangüínea, o
risco de hipóxia tecidual aumenta com o esforço; além disso, a criança se cansa
muito rapidamente.
Referência
Ministério da Saúde.
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