Difteria

By Louca Enfermeira - dezembro 10, 2013

Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde:
“Doença transmissível aguda, toxiinfecciosa, imunoprevenível, causada por bacilo toxigênico, que frequentemente se aloja nas amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, em outras mucosas e na pele.” É caracterizada por placas pseudomembranosas típicas.”
Seu agente etiológico é: Corynebacteriumdiphtheriae – bacilo gram-positivo, produtor da toxina diftérica, quando infectado por um fago.
            O principal reservatório é o próprio doente ou o portador. O portador é mais importante pois a disseminação do bacilo, por sua maior frequência na comunidade e ser assintomático. A pele e a via respiratória são locais habituais colonizados pela bactéria.
A transmissão é pelo contato com o doente ou o portador da bactéria, a transmissão se da através das gotículas de secreção respiratória – que podem ser disseminadas pela tosse, espirro ou por falar, em casos raros pode ocorrer a contaminação por fômites (Objetos de uso pessoal do caso clínico ou portador, que podem estar contaminados e transmitir agentes infecciosos). O período de infecçãoem geral é de 1 a 6 dias, podendo ou não ser mais longo. E, o período de transmissibilidade em média é de até 2 semanas após o início dos sintomas A antibioticoterapia adequada erradica o bacilo diftérico da orofaringe, de 24 a 48 horas após a sua introdução, na maioria dos casos.

FORMAS CLÍNICAS

Faringoamigdaliana Ou Faringotonsilar (Angina Diftérica)

É a forma clínica mais comum. Nas primeiras horas da doença, observa-se discreto aumento de volume das amígdalas, além a hiperemia de toda a faringe. Em seguida, ocorre a formação das pseudomembranas características, aderentes e invasivas, constituídas por placas esbranquiçadas ou amarelo-acinzentadas, eventualmente de cor cinzento-escura ou negra, que se tornam espessas e com bordas bem definidas. Essas placas estendem-se pelas amígdalas, recobrindo-as, e, frequentemente, invadem as estruturas vizinhas, podendo ser observadas nos pilares anteriores, úvula, palato mole e retrofaringe, adquirindo aspecto necrótico. O estado geral do paciente agrava-se, com a evolução da doença, em virtude da progressão das pseudomembranas e da absorção cada vez maior de toxina.

Difteria Hipertóxica (Difteria Maligna)

Denominação dada aos casos graves, intensamente tóxicos, que, desde o início, apresentam importante comprometimento do estado geral. Observa-se a presença de placas de aspecto necrótico, que ultrapassam os limites das amígdalas, comprometendo as estruturas vizinhas. Há um aumento importante do volume dos gânglios da cadeia cervical e edema periganglionar, pouco doloroso à palpação, caracterizando o pescoço taurino.

Nasal (Rinite Diftérica)

É mais freqente em lactentes, sendo, na maioria das vezes, concomitante à angina diftérica. Desde o início observa-se secreção nasal serossanguinolenta, geralmente unilateral, podendo ser bilateral, que provoca lesões nas bordas do nariz e no lábio superior.

Laríngea (Laringite Diftérica)

Na maioria dos casos a doença, inicia-se na região da orofaringe, progredindo até a laringe. É uma forma bastante comum no Brasil. Os sintomas iniciais, além dos que são vistos na faringe diftérica, são: tosse, rouquidão, disfonia e dificuldade respiratória
progressiva, podendo evoluir para insuficiência respiratória aguda. Em casos raros, pode haver comprometimento isolado da laringe, o que dificulta o diagnóstico.

Cutânea

Apresenta-se sob a forma de úlcera arredondada, com exsudato fibrinopurulento e bordas bem demarcadas, que, embora profunda, não alcança o tecido celular subcutâneo. Devido a pouca absorção da toxina pela pele, a lesão ulcerada de difteria pode tornar-se subaguda ou crônica e raramente é acompanhada de repercussões cutâneas. No entanto, seu portador constitui-se reservatório e disseminador do bacilo diftérico, daí sua importância na cadeia epidemiológica da doença.

Outras Localizações


Apesar de raro, o bacilo diftérico pode acometer a vagina (ulcerações e corrimento purulento), o ouvido (processo inflamatório exsudativo do duto auditivo externo) e conjuntiva ocular (a infecção pode ser inaparente ou manifestar-se sob a forma de conjuntivite aguda, com eventual formação da membrana).

________SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ. (DVVTR - AGRAVOS EPIDEMIOLÓGICOS) DIFITERIA. Disponível em:

<http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=516>. Acesso em: 25 ago. 2013

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