Segundo Pohl et al (2000) é uma situação em que é formada
uma abertura na parede da faringe, que se exterioriza através da pele do
pescoço. Pode ser definida como uma fístula – ou seja, uma comunicação anormal,
congênita ou adquirida cirúrgica, traumática ou patológica, da via digestiva
com o meio externo.
Baseado nessa definição, a faringostomia é uma abertura
cirúrgica que comunica a faringe com o meio externo-faringocutânea. Por outro
lado, a fístula ocorre por conta de traumas (mais raramente) ou por deiscências
de sutura (complicação relativamente comum da cirurgia sobre região
faringocutânea).
O fato de ser um procedimento
invasivo, não isento de riscos, e principalmente pela sua localização pouco
favorável, tanto para o manuseio quanto pela estética e pelas estruturas
vizinhas importantes, levou sua indicação a se tornar extremamente restrita
quando não substituída por outra técnica (além dos tubos, a gastrostomia por
via endoscópica, por exemplo).
A faringostomia tem perdido lugar
para as técnicas de tubagem nasogástrica e nasoenteral com tubos de menor
calibre, que proporcionam mais conforto ao paciente. Além disso, as dietas
enterais possuem, atualmente, as mais variadas formulações para diversos tipos
de doenças, de acordo com a necessidade do paciente. A gastrostomia endoscópica
também tem sido muito utilizada e realizada de modo seguro e eficiente. Dessa
forma, esse procedimento, com o objetivo nutricional, praticamente não é mais
utilizada.
Referências
1. POHL,
Frederico Filgueiras; PETROIANU, Andy. Tubos, Sondas e Drenos. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 547 p.
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