A incidência de infarto ainda é maior nos homens
acima de 40 anos. Porém, mulheres no climatério que utilizam anticoncepcional e
fumam apresentam uma mortalidade maior ao ter infarto. Observa-se que, hoje, há
um aumento de pessoas infartadas com faixa etária menor, em decorrência do
estilo da vida moderna. O infarto agudo do miocárdio (IAM) é uma situação grave
que pode ser confundida com sintomas mais corriqueiros, tais como: flatulência,
dor muscular, tensões, dentre outros. É causado pelo estreitamento de uma
artéria coronária pela aterosclerose, ou pela obstrução total de uma coronária
por êmbolo ou trombo, ocasionando a necrose de áreas do miocárdio. A redução do
fluxo sangüíneo também pode ser resultante de choque ou hemorragias. Vale
lembrar que na angina o suprimento de sangue é reduzi- do temporariamente,
provocando a dor, enquanto no IAM ocorre uma interrupção abrupta do fluxo de
sangue para o miocárdio. A dor torácica é o principal sintoma associado ao IAM.
É descrita como uma dor súbita, subesternal, constante e constritiva, que pode
ou não se irradiar para várias partes do corpo, como a mandíbula, costas,
pescoço e membros superiores (especialmente a face interna do membro superior
esquerdo). Muitas vezes, a dor é acompanhada de taquipnéia, taquisfigmia,
palidez, sudorese fria e pegajosa, tonteira, confusão mental, náusea e vômito.
A qualidade, localização e intensidade da dor associada ao IAM pode ser
semelhante à dor provocada pela angina. As principais diferenças são: a dor do
IAM é mais intensa; não é necessariamente produzida por esforço físico e não é
aliviada por nitroglicerina e repouso. Os profissionais de saúde precisam estar
atentos para um diagnóstico precoce, tendo em vista que esta é uma das maiores
causas de mortalidade. O atendimento imediato, ao cliente infartado, garante a
sua sobrevivência e/ou uma recuperação com um mínimo de seqüelas. O idoso nem
sempre apresenta a dor constritiva típica associada ao IAM, em virtude da menor
resposta dos neurotransmissores, que ocorre no período de envelhecimento,
podendo assim passar despercebido. O diagnóstico do infarto do miocárdio
geralmente se baseia na história da doença atual, no eletrocardiograma e nos
níveis séricos (sangüíneos) das enzimas cardíacas. O prognóstico depende da extensão
da lesão miocárdica. O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo da
extensão e da área acometida.
As principais complicações do infarto são as
arritmias fatais, choque cardiogênico, edema agudo de pulmão e morte súbita. A
seqüela principal é a insuficiência cardíaca.
Referência:
____Ministério da Saúde.