Síndrome da Imobilização
By Louca Enfermeira - setembro 20, 2014
Complexo de sinais e sintomas resultantes
da supressão de todos os movimentos articulares e, por conseguinte, da
incapacidade da mudança postural. Na prática consiste em pessoas confinadas ao
leito e que desta imobilidade adquirem ou evoluem para outras complicações. É
uma síndrome Biológica de diminuição da Capacidade de reserva homeostática do
organismo e de resistência aos estressores, que resultam em declínios
acumulativos em múltiplos sistemas fisiológicos, causando vulnerabilidade e
desfechos clínicos adversos, incapacidade desfecho clinico ou fator
contribuinte mais provável da fragilidade;
Esta síndrome não tem cura, porém, cabe a
equipe multidisciplinar cuidar desse doente e aliviar seu sofrimento até que
ele venha a óbito. Deve-se levar em consideração que não há dados específicos
da prevalência da SI mas presume que seja alta, a alta taxa de mortalidade de
idosos imobilizados no Leito (40%), em geral por falência múltipla de órgãos,
30% dos pacientes com SI tiveram sua atividade diária acentuadamente diminuída
pela doença de base. Sendo que o que mais deteriorou sua capacidade de AVD foi
o confinamento prolongado no leito, que acabou
gerando a síndrome do desuso, por vezes cura-se a doença de base mas a
independência e a mobilidade estão irreversivelmente comprometida e Idosos
fragilizados que por necessidade são internados em hospitais e instituições de
ambiente não familiar, onde o repouso prolongado e forçada a desnutrição, a
iatrogenia e a comorbidade transformam-no num individuo dependente. De 25 a 50%
dos idosos perdem sua independência física após tratamento hospitalar
prolongado. Nem todo paciente acamado tem síndrome do desuso.
Etiologia:
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Doenças
Neurológicas: AVC; Neuropatia periférica; Parkinson; ELA;
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Doenças
Psíquicas: Depressão; Demência;
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Doenças
dos pés: Calosidades, Ulcera Plantar;
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Iatrogenia
medicamentosa: Neurolepticos; ansiolíticos; hipnóticos, anti-hipertensivos;
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Déficit
Neurossensorial: Cegueira; Surdez;
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Doenças
Osteoarticulares: Osteoartrose; Doenças Reumáticas;
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Doenças
Cardiorrespiratórias: DPOC; ICC; Cardiopatia Isquêmica;
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Doenças
Vasculares: Sequelas de trombose venosa e insuficiência arterial;
[
Doença
Muscular: Fibrosite; polimialgia; desnutrição proteico-calórica.
Consequências: Sistema Tegumentar: redução
no número, tamanho e secreção da glândula sudorípara, escasso tecido de
sustentação, derme desidratada, sem vigor e elasticidade; diminuição da
vascularização, atrofia de pele, ulcera de decúbito, escoriações, equimose;
Dermatite (principalmente amoniacal, pelo contato da pele com a urina-preferir
coletores em homens e fraldas em mulheres) Micoses (por umidade constante na
superfície corporal).
Sistema Esquelético: Falta de liquido
sinovial na cartilagem intra-articular, contraturas limitando amplitude do
movimento, tecido e conectivo torna-se denso e fibroso, artrose e anquilose,
osteoporose, fraturas
Sistema Muscular: Processo degenerativo da
musculatura, perda da propriedade elástica da fibra colágena, gerando atrofia,
encurtamento dos tendões, hipertonia, contraturas, retrações, perda mais
acentuada da massa muscular na coxa do que nos membros superiores
Sistema Cardiovascular: Embolia pulmonar,
isquemia arterial, hipotensão postural, edema linfático.
Sistema Urinário: incontinência, retenção
Urinaria, ITU;
Sistema Digestivo: Desnutrição, fecaloma,
disfagia, gastroparesia;
Síndrome da Desadaptação Psicomotora:
Desequilíbrio para trás, seja na posição sentada ou de pé, hipertonia
reacional, alterações na reação postural, modificação na marcha e medo de cair.
Pode ser desencadeada por demência, quedas e imobilidade prolongada ao leito.
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