Diferenças entre Insulina Humana NPH e Insulina Regular
By Louca Enfermeira - março 23, 2015
A
insulina humana é um hormônio sintetizado pelo pâncreas endócrino que é
constituído por cerca de 1 milhão de ilhotas de Langherans, distribuídas por
todo órgão. Essas ilhotas possuem quatro tipos de células, sendo cada uma
responsável pela secreção dos hormônios mencionados. A insulina é secretada
pelas células β,
o glucagon nas células α, a somatostatina nas células D e o peptídeo pancreático nas células F. As células β representam
60–80% da
ilhota e formam um núcleo central. (OLIVEIRA, 2010). É responsável pela quebra
da glicose, promovendo a sua absorção pelas células, proporcionando a redução
da glicemia – taxa de glicose no sangue. Quando há uma deficiência na produção
de insulina, a glicose começa a se acumular no sangue, estabelecendo um quadro
de hiperglicemia crônico, caracterizado como Diabetes Mellitus.
A
Diabetes Mellitus é forma mais comum de diabetes. É uma patologia causada pela
perda parcial ou completa das respostas biológicas mediadas pela insulina.
Existem: a Insulinodependente, ou tipo I, e a não Insulinodependente, tipo II.
A Diabetes Mellitus tipo I –normalmente ocorre durante a infância ou
adolescência, é causada por uma destruição auto–imune das células β das ilhotas
de Langherans; caracteriza–se
pela ausência ou níveis baixos de insulina no sangue,
além de altos
níveis de
glicose sanguínea.
(OLIVEIRA, 2010). A DM tipo II os pacientes podem eventualmente precisar de
doses complementares de insulina, para auxiliar na manutenção dos níveis
normais de insulina, mas eles não são totalmente dependentes como os pacientes
portadores de DM tipo I.
Os
parâmetros utilizados para a classificação dos distúrbios metabólicos são
determinados pela OMS – Organização Mundial da Saúde – e pela ADA – American
Diabetes Association –. O diagnóstico de Diabetes Mellitus é definido quando
existe duas mensurações de glicemia de jejum (pelo menos oito horas após a
última refeição) maiores que 126 mg/dl ou quando os valores da glicemia duas
horas após sobrecarga com 75 g de glicose são maiores que 200 mg/dl (OLIVEIRA,
2010).
O teste de sobrecarga de glicose, ou teste de
tolerância a glicose, é realizado quando parâmetros anteriores não permitiram
chegar ao diagnóstico de DM, mas existem os sinais e sintomas clínicos. O
modelo delineado pela ADA e OMS é aquele onde se faz a dosagem da glicose em
dois momentos: o primeiro, com o paciente em jejum de 8 a 14 horas; e o
segundo, 120 minutos após a ingestão de glicose anidra.
A presença de sintomas típicos (poliúria,
polidipsia e perda de peso) associados a níveis de glicemia > 200 mg/dl em
medidas aleatórias, ou seja, independentemente do tempo em que a última
refeição foi realizada, também caracterizam o diagnóstico.
Os
objetivos do tratamento são promover o controle metabólico (principalmente, dos
níveis glicêmicos), permitir o crescimento e desenvolvimento adequado, promover
o bem estar físico e psíquico e evitar a manifestação das complicações crônicas
da patologia (RANG, 2003). A insulina pode ser administrada por via intra–venosa, intra–muscular; mas o
tratamento crônico utiliza como via de administração, predominante, a injeção
subcutânea do hormônio. O objetivo da insulinoterapia por via subcutânea
consiste em repor a insulina basal normal (normal, jejum, e entre as refeições)
e a prandial – durante as refeições (OLIVEIRA, 2010).
Existem
dois tipos básicos de insulina: a regular, de ação rápida,
e que leva cerca de 30 minutos para iniciar sua ação, alcançando seu pico
máximo depois de 2 a 3 horas, e a NPH, insulina de ação
intermediária, cuja ação se inicia em cerca de 1 hora e meia e atinge o pico
máximo após 7 horas.
As insulinas de
ação rápida e de ação curta são apresentadas na forma de soluções transparente
em pH neutro e contem pequenas quantidades de zinco para melhorar a sua
estabilidade e o prazo de validade. Todas as outras formas, que sofreram
alterações com um intuito de se atingir um efeito prolongado, são apresentadas
na forma de suspensões turvas em pH neutro, com protamina em tampão de fosfato
(insulina com protamina neutra Hagedorn – NPH–) ou com concentrações variáveis
de zinco em tampão de acetato (insulinas ultralentas e lentas).
Insulina Regular:
é uma insulina zinco cristalina solúvel, de ação curta, seu efeito aparece
dentro de 30 minutos, tende a forma dímeros que se associam em torno dos íons
de zinco, formando hexâmeros de insulina; essa conformação leva a um início
tardio de ação e aumenta o tempo necessário para atingir a ação máxima. É útil
nos casos onde a necessidade de insulina muda rapidamente, como por exemplo,
infecções agudas ou após cirurgias; como também, na cetoacidose diabética.
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