Resenha - Controle de Infecção - A Prática No Terceiro Milênio
Autor: Dirceu Carrara
Edição: 2016 (1ª)
Bom, hoje vim falar sobre esse livro que literalmente é o meu preferido quando o assunto é infecção hospitalar.
Eu descobri esse livro quando em 2018 fui ao congresso da SOBECC e tive a sorte de assistir a aula do Dirceu, e depois procurando artigos escritos por ele - obviamente eu me apaixonei pela palestra que ele deu - encontrei esse livro super atual e que me ajudou muito quando e é literalmente meu livro de cabeceira quando falo de enfermagem.
O livro é distribuido em seis partes com no total quarenta e cinco capítulos.
O que chama muito a atenção logo no início, é abordagem da historia do controle de infecções no Brasil, que é algo muito escaço quando buscamos referências em artigos por exemplo.
Aqui no Brasil temos muitos guias do ministério da saúde e ANVISA que nos norteiam em critérios e estatísticas, mas pouco falam do processo de controle de infecção em si, neste livro torna-se possível você ter um pensamento mais crítico do assunto - de fato um problema agora no terceiro milênio.
Colocando em prática, num momento ao longo desse ano precisei estudar um surto e quem me norteou foi esse livro, muito mais pela atualidade dele, não tiro em momento algum o mérito do livro do dr. Tadeu, mas o mesmo já apresenta certa fadiga devido aos anos que já se passaram.
Outra coisa muito interessante é a linguagem simples e didática em que os assuntos são abordados, uma coisa pouco presente nos livros na área da saúde, todos os capítulos iniciam deixando claro quais são os objetivos com aquele material, favorecendo muito a pesquisa e otimizando o tempo.
Muito interessante também é na parte quatro em que são definidas as infecções mais comuns e o livro aborda uma em especial que não temos no guia do ministério da saúde que são as infecções oculares - mais um ponto importantíssimo. Na minha experiência me deparei somente uma vez com uma infecção do tipo e quem tirou minhas dúvidas foi esse livro, logo de início ele aponta quais são as bactéricas que compõem a flora da região ocular - tirando-nos um pouco daquela variável de Staphylococcus, Klebsiela, Pseudomonas e Acinetobacter, lembro também que no livro tem um capítulo dedicado ao laboratório microbiológico no controle de infecções, afinal grande parte do que relatamos ao GVE são dados que eles nos fornecem, portanto devemos saber como que são os processos e a equipe do laboratório também saber qual o papel deles no controle de infecção.
Para finalizar tem outro capítulo que me chama muito a atenção: Atuação do Farmacêutico no Controle de Infecções, que aqui na região da baixada santista é algo muito pouco valorizado, eu particularmente encaminhei aos meus conhecidos farmacêuticos a indicação desse livro, que por mais que eles não estejam na beira leito, eles também possuem seu papel - principalmente no controle de ATM e efetivação do protocolo de Sepse.
Trata-se de um livro robusto com mais de 600 páginas, e meu conselho para vocês é adquirir a versão e-book, eu comprei primeiro ele físico, porém era muito ruim andar com ele todos os dias para trabalhar, posteriormente adquiri ele em e-book que carrego comigo no meu lev para consulta diária e é extremamente eficaz. Também utilizei o livro como parte das referências do meu artigo para a conclusão da pós, enquanto mais eu conhecia esse livro, mais eu gostei de aplicar em prática.
Essa é uma super indicação que faço, eu acredito que se todos nós que trabalhamos na área da saúde conhecermos a importância que as Infecções Relacionadas a Serviços de Saúde possuem, teríamos a cada dia uma decrescente nesse acometimento.
Penso que se dermos valor a práticas simples como lavagem de mão, precauções e aos bundles de cuidados - pasmem é um grande desafio - teremos um cuidado muito melhor e mais seguro ao paciente.
Muito obrigada pela visita em meu blog, deixa seu comentário, me adiciona no linkedin e Beijos de luz!
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